MUNICÍPIO DE QUELIMANE
CONSELHO MUNICIPAL
PRESIDENTE
Sua Excelência Senhor Governador da
Província da Zambézia;
Sua Excelência Senhor Presidente da
Assembleia Provincial;
Suas Excelências Senhores Membros do
Corpo Diplomático aqui presentes;
Sua Excelência Reverendíssima Senhor
Bispo da Diocese de Quelimane;
Suas Excelências Senhores Deputados da
Assembleia da República pelo Circulo Eleitoral da Zambézia residentes nessa
Autarquia;
Excelentíssimos Senhores Membros da
Assembleia Provincial da Zambézia residentes nesta Autarquia;
Excelentíssimo Senhor Presidente da
Assembleia Municipal da Cidade de Quelimane;
Excelentíssimos Senhores membros do
Governo Autárquico;
Reverendíssimo Senhor Representante do
Conselho Cristão de Moçambique;
Excelentíssimo Senhor Representante da
Comunidade Muçulmana Islâmica;
Excelentíssimo Senhor Representante da
Comunidade Muçulmana Nativa;
Excelentíssimo Senhor Representante da
Comunidade Hindú;
Meritíssimo Juiz Presidente do Tribunal
Judicial da Província da Zambézia;
Meritíssimo Juiz Presidente do Tribunal
Administrativo da Província da Zambézia;
Digníssimo Procurador da Província da
Zambézia;
Afectuosos irmãos Quelimanenses e
Zambezianos na diáspora;
Excelentíssimos Senhores Representantes
das Universidades. Meus irmãos na academia e na docência;
Excelentíssimos Antigos Presidentes da
Autarquia de Quelimane; meus irmãos na municipalização ausentes, falecidos e
presentes;
Distintos Convidados;
Queridos amigos de todos os Órgãos de
Comunicação Social;
Caros e Respeitados Munícipes;
Minhas irmãs e meus irmãos nesta longa e
dignificante marcha para a liberdade;
Muito, muito bom dia a todas e a todos.
Iniciamos
este discurso sublinhando que aquando da nossa campanha eleitoral em 2011 e 2013,
teríamos prometido tirar Quelimane do anonimato, colocando-a no mapa e na rota
internacionais. Volvidos 5 anos, apraz-nos afirmar que a Cidade de Quelimane é sobejamente
conhecida além-mar. Quelimane não é Cidade de quem se fala. Quelimane é Cidade com quem se fala.
Desde a
nossa tomada de posse, temos tornado Quelimane numa Cidade Sustentável,
Resiliente e habitável cumprindo assim com as recomendações das Metas de
Desenvolvimento Sustentável e ICLEI que determinam que até 2030, todas as
Cidades do Planeta Terra, devem ser habitáveis. Sob nossa liderança, levamos o nome
do Município de Quelimane em vários fóruns internacionais, tais como ICLEI na África do Sul, ICLEI
na Alemanha e ICLEI no Canadá. Participamos em conferências nos seguintes Países: Singapura, Tailândia, Namíbia, Egipto, Suécia,
Malawi, Brasil, Zâmbia, Quénia, Franca, Estados Unidos da América, Itália, (Milão)
Brasil, para além de encontros e conferencias no
interior de Mocambique.
Tendo
dado esta pequena resenha, permitam-nos dizer:
É realmente
uma grande honra e privilégio para mim, desejar boas vindas a todos vós que
participais neste nobre, sublime e dignificante evento no qual celebramos 76 anos da elevação de Quelimane à categoria de
Cidade. Como Cidade e de facto em nome do Conselho Municipal da Cidade de
Quelimane, dos seus Munícipes, de todos os funcionários, da minha família e em
meu nome pessoal, tenho a elevada honra, gratidão e grande orgulho para me dirigir a vós neste dia tão lindo e jubilar em que
todos nós nos curvamos diante dos nossos antepassados e prestarmos homenagem a
todos quantos deram e têm dado as suas vidas em prol progresso, prosperidade e
desenvolvimento harmonioso da nossa urbe para que chegássemos a este dia 21 de
Agosto que celebramos os 76 anos da sua elevação à categoria de Cidade, acto
que teve lugar a 21 de Agosto de 1942.
Por
isso, em homenagem aos nossos ancestrais, pedimos um minuto de silêncio.
Nós estamos
honrados em vos receber e hospedar nesta bela, hospitaleira, acolhedora e
encantadora Cidade de Quelimane. A Capital da Província da Zambézia, terra dos
bons sinais, da mukhapata, da galinha a Zambeziana, do camarão, do thodwe, do
caranguejo, da lagosta, do nyambaro, do yalula, do namulele, do ibondo, do máfue, do gioto,
do batehe, do muthengo, do baily, do mussope, do marigodi, do tufu, das bicicletas,
a capital do coco. O seu povo trabalhador, humilde, hospitaleiro, sensível, acolhedor
e generoso, vos abre os seus braços, as suas mãos, e os seus corações para vos
dizer de viva voz:
Moyoni Apano Vatchuabo. Bem vindos a
Quelimane
Ambarani Atchuabo Etene. Parabéns a todos
os Quelimanenses
Permitam-me
agradecer a vós todos que estando ocupados com os vossos programas, vieram juntar-se a nós para participarmos
nesta epopeia e solenidade para partilhar connosco as vossas valiosas experiências.
Para os
nossos visitantes que vêm fora de Quelimane e fora de Moçambique, os assegurámos que Quelimane é uma cidade
pacífica. Sintam-se em casa e desfrutem da sua hospitalidade e das iguarias que
ela possa vos oferecer. Estou certo e espero que muitos de vós terão a chance de
visitar a nossa linda Praia de Zalala,
deliciar-se da nossa gastronomia, interagir com a nossa população para
experimentarem a alegria da nossa hospitalidade e deste modo regressarem um dia
para Quelimane. Bebam água de lanho e viagem de bicicletas como vossa
contribuição na redução da poluição e na proteção da nossa infraestrutura
verde.
As celebrações dos 76
anos, serão caracterizadas pelo estabelecimento de redes focando aspectos de
como fazer negócio em Quelimane. Nós, como Conselho Municipal estamos
comprometidos na criação e melhoramento do ambiente de negócios que permita
atração de investimentos e garanta a criação de empregos e postos de trabalho para
muitos.
Afectuosos Munícipes
Distintos Convidados
Minhas Senhoras e meus Senhores
Apraz-me
a partir deste pódio falar sobre este Quelimane, com particular carinho e
veneração, trazendo ao de cima o seu invejável percurso desde os primeiros povos
que o habitaram.
Desde o
seu primitivo povo de caçadores, recolectores e nómadas os Khoi Khoi e os San,
ou seja os Khoisan, Hotentotes e Bushimanes, à chegada dos povos mais
evolucionados, os povos de língua bantu, agricultores, pastores, metalúrgicos e
sedentários, entre os anos 200 e 300 depois do nascimento de Jesus Cristo,
seguida pela chegada dos mercadores Árabe-Persas, com maior enfoque a Dinastia
dos Sassânidas, a qual é a atribuída a fundação de Sofala, cujas vagas iniciaram
timidamente no século VI depois de Cristo, na altura dos Kalifados, tendo atingido o seu
auge e apogeu entre os séculos VIII, IX e X. Importa sublinhar que no século X, Sofala
era referida nos relatos do persa Ibn
Shahriyar e do árabe Al-Mas’udi.
Portanto, a geografia de Quelimane e Sofala constavam do mapa Árabe-Persa.
Para além da Dinastia
Sassânida, chegam os mercadores Europeus, nos finais do Século XV precisamente
em 1498, quando o navegador Português Vasco da Gama usufruindo do avanço da
Ciência Náutica na Escola de Sagres no Algarve, donde o Infante Dom Henrique se
estabelecera, para conduzir a política dos descobrimentos, a população de
Quelimane experimentou um intenso período de inculturação e aculturação. Como
consequência, temos a língua Portuguesa, o Cristianismo e o Islão. Os
cruzamentos ou seja casamentos entre homens Europeus e mulheres Africanas
originaram mestiços e entre homens Asiáticos com a mulheres Africanas
originaram Canecos.
Nos
finais no século XV, precisamente entre 22 e 25 de Janeiro de 1498 com o navegador Vasco da Gama, a caminho da Índia desembarcou
e entrou no estuário do Rio Qua-Qua,
nome primitivo do Rio dos Bons Sinais. Depois de ter chegado à barra de
Quelimane baptizou o rio com nome de Rio dos Bons Sinais, pois, tinha a certeza
e concluído que eram bons sinais do
caminho marítimo para chegar a India.
Ao
desembarcar implantou na praia de Palane
que na altura denominou de São Rafael, um pesado padrão de pedra com as armas
reais da Coroa Portuguesa e entalhou uma Cruz.
Depois
da passagem de Vasco da Gama, Portugal inicia com fundação de feitorias ou
fortalezas, tendo sido fundadas a de Sofala em 1505, da Ilha de Moçambique em
1507. Em 1511, os Portugueses atacaram Angoche, onde os Árabe-Suwahili tinham
formado um núcleo de resistência e usavam o Rio Zambeze como via fluvial de
penetração para o interior ou seja no Planalto do Zimbawe para comercialização
do outo e ferro.
O ataque
ao então Sultanato de Angoche, hoje Distrito do mesmo nome, pelos Portugueses, tinha
como objectivo tomarem o controlo das rotas comerciais através do rio Zambeze
para o Planalto do Zimbabwe principal fonte de ouro.
Em 1522 os Portugueses conquistaram e
fixaram-se nas Ilhas de Cabo Delgado ou Quirimbas. Em 1530, penetram no rio Cuama, (nome primitivo do rio Zambeze) e no
mesmo ano, fundam Sena e Tete nas margens do Rio Zambeze. Em 1544, fundam Quelimane. A presente
cronologia afecta directamente Quelimane, porque foi a principal rota do
comércio a longa distância, pois, com o estabelecimento de Quelimane estavam
criadas as condições para que efectivamente os Portugueses controlassem as
rotas comercias através dos Rios Zambeze e antigo Rio Qua-qua, hoje Rio dos
Bons Sinais, o qual era navegável até entre finais do sé eculo VII e primórdios do século XVIII. O rio Qua-qua
ligava Quelimane com o Rio Zambeze, em Chimuara no Distrito de Mopeia, e também
ligava Quelimane com Sena, Tete e o Planalto do Zimbabwe. Era tida como a via
fluvial mais rápida do que fazer Rota Quelimane- Rio Zambeze-Planalto do
Zimbabwe e vice-versa.
Quelimane
sofreu pressão da fase do ouro, do marfim e do comércio triangular ou seja de
escravos (África, Ásia, Europa e as Américas). Estima-se que por volta de 1820,
cerca de quatro mil escravos trazidos da área dos Prazos e dos Estados
Militares do Vale do Zambeze, eram escoados para as Ilhas Francesas do Indico,
Bourbon, Madagáscar e Reunião, enquanto outros eram levados para Europa,
América Latina, e América do Norte, a partir do Porto de Quelimane. Por isso,
não nos admiremos que encontremos nossos irmãos Quelimanenses naqueles Países.
Ilustres Convidados
Minhas e meus Senhores
O
topónimo Quelimane, nos é apresentado por António Carlos Pereira Cabral,
(1975:134-136), na sua obra Dicionário de
Nomes Geográficos de Moçambique – Sua Origem, e escreve:
Capital
do distrito da Zambézia. Sede do Conselho de Quelimane. Diploma de criação:
Carta Régia de 9 de Maio de 1761. Elevada a Cidade pela Portaria Ministerial,
nº 1, de 21 de Agosto de 1942, assinado pelo então Ministro do Ultramar, Francisco Vieira Machado, publicada no Boletim
Oficial número 32/1942 (Suplemento). A supracitada Portaria Ministerial, foi
antecedida pelo foral aprovado por decreto de 31 de Dezembro de 1908. O que
ditou a elevação de Quelimane a categoria de Cidade, e de acordo com o despacho
o qual citamos, referia:
“consideração
ao natural desenvolvimento da Vila de Quelimane, capital da Província da
Zambézia; desejando dar público testemunho de apreço pela actividade e labor
da população que, com carinhoso interesse pela terra, tão completamente
transformou a Vila de Quelimane”. Com base neste postulado, apraz-nos afirmar
sem reservas, que o povo de Quelimane é um povo laborioso e trabalhador até os dias de
hoje.
BEM HAJA O FERVOROSO E HERÓICO POVO
DE QUELIMANE.
Concordando
com os Historiadores os quais defendem que um dos problemas de África prende-se
com ausência de documentos históricos escritos, tendo recorrido à tradição
oral, aqui não foge a regra. O que se sabe desta Cidade é o que é transmitido pela
tradição oral e de algumas obras escritas. A primeira notícia sobre Quelimane é datada em plena
Idade Média, sobretudo em 1154, através de um cronista árabe, chamado El Edrisi. Este autor, falando numa
corte Italiana, refere-se a um Dendema, um burgo situado na nossa área,
supostamente antepassado do actual Quelimane.
Situa-se
na margem esquerda do rio dos Bons Sinais, outrora chamado rio Qua-Qua. Já se
escreveu Kilimane, Quilimane e Quiliamo. Quiliamo encontra-se num mapa de 1740.
Algumas pessoas defendem que Quelimane deriva do Inglês «kill man» (mata o
homen), dada a natureza insalubre da localidade. Este «kill man» foi comparado
por Livingstone e ai essa ideia.
«Quelimane,
ou ainda Kiliame, provém, diz-se, de Kilimo (monte) em Suaile. Há ainda outra
versão da palavra Quelimane: quando os primeiros portugueses desembarcaram no
porto que mais tarde se denominou Quelimane, o chefe da povoação que ali
existia, árabe ou seu descendente, serviu de intérprete entre os portugueses e
os indígenas, no árabe corrompido que se falava na costa; a palavra «kaliman»
significa intérprete. (vide A. Augusto Pereira Cabral, 1924).
Também
há quem insista que deriva de «culima» --- agricultar, mas isso não passa de
pura fantasia, tal qual o «kill man».
«Dos
nativos de Quelimane que se dizem originários do monte Limane, alguns pertencem ao próprio clã ou mwango limane ou alimane. Assim é, pois, natural que os intérpretes
que acompanhavam Vasco da Gama, conhecedores do significado do prefixo «qui»,
ao ouvirem os Achuabo designarem-se por «limani» os tratassem por «qui –
limani», fazendo referência à língua por eles falada, (Adm. S. Dias Rafael,
Milange e os seus povos).
As
versões de A.A.P. Cabral e de Saul Dias Rafael são as mais aceitáveis, pois,
elas estão em consonância com o mito de
criação da maioria dos grupos étnicos que actualmente habitam as Províncias
da Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa. A população de Quelimane, em
termos étnicos, faz parte do grupo Makhuwa -Lomwe que afirma ter a sua origem
nos montes Namuli no Gurué.
Os montes Namuli simbolizam a unidade
cultural, económica, linguística, política e religiosa dos Makhuwa – lomwe, incluído
os chuabos.
Quelimane
é popularmente conhecido por «Chuabo». Qual o seu significado? No «Diário» de
Lacerda e Almeida (1798), encontramos: «um chuabo de velório (20 fios)» e
«Chuabo» (uma braça de pano de qualquer qualidade). Velório é missanga
grossa. Também esta versão sobre o chuabo se aproxima à realidade,
pois, estes povos tiveram um contacto permanente com os mercadores árabes que
traziam do Oriente especiarias incluindo as missangas, porcelanas e tecidos de
seda.
Também
sublinhe-se que Quelimane por ter sido entreposto ou feitoria comercial,
recebia povos do Niassa entre os séculos XVII e XVIII que iam vender tabaco em
Macuse, os povos de Tete que vinham fazer comércio, que, em contacto com os
locais, formou-se língua chuabo. Portanto, o chuabo é resultado do encontro
entre comerciantes Árabes, comerciantes de Tete e do Niassa.
A Cidade
de Quelimane precisa de pesquisadores que se empenhem na reconstituição do
acervo histórico desta terra.
Digníssimos convidados
Minhas irmãs e meus irmãos
Esta
Cidade foi conhecida por Vila de São Martinho de Quelimane e em 1757 tinha
trinta moradores, dos quais dois eram portugueses. A população, então, era na
sua maioria pagã e maometana e já antes de 1654 tinha uma Igreja de Madeira e
um Padre Jesuíta.
Os
Jesuítas foram os primeiros missionários a evangelizar estas terras do Vale do
Zambeze, pois, a história reza
e manda dizer que em 1560 uma expedição missionária chefiada pelo
Padre Gonçalo da Silveira, dos Jesuítas, foi enviada ao Império de Monomotapa,
para converter a classe dominante à Religião Católica. Estava claro que os
portugueses estavam envolvidos na esfera ideológica do Império, pois, para eles
ter o imperador e a sua família baptizados, serviria de trampolim para a
concretização dos seus planos de comércio de ouro. Dilatar a Fé Cristã também
era uma das tarefas de Vasco da Gama.
Só em 1629 Mavura, Monomotapa reinante,
deixou-se baptizar e passou a usar o nome cristão de Filipe, cognominado D. Filipe II (História de Moçambique Vol. I,
1988: 14). Foi assim que iniciou a
evangelização no Vale do Zambeze, incluindo a Cidade de Quelimane.
No
segundo quartel do século XIX passou a ser a sede do Governo dos Rios de Sena e
tinha somente «trinta e oito casas de taipa, cobertas de colmo, duas de
alvenaria e cerca de quarenta palhotas, uma Igreja da invocação de Nossa
Senhora do Livramento, sede da paróquia, que pertencera aos Jesuítas. Não
existia alfândega, nem cadeia, nem edifício da Câmara, reunindo-se os
vereadores ora em casa de um, ora em casa de outro, andando o arquivo aos
tombos…A sua população andava neste tempo por duzentos cristãos, a maior parte
dos quais de Goa e Damão e raros da Europa» (Gen.Teixeira Botelho).
Uma das
marcas de Quelimane é o Carnaval que torna esta Cidade no Pequeno Brasil e um ambiente
folclórico indelével tornando Quelimane no Pequeno Brasil. :
A este
respeito, o Visconde Arriaga, que foi juiz e governador – geral, escreveu que
«em 1820 os habitantes de Quelimane, que pela sua riqueza se consideravam a
povoação mais importante e aristocrática da Província, proclamaram-se
independentes do governo da capital e ligando-se ao Rio de Janeiro». Portanto, foi
desde 1820 que Quelimane está ligado ao Brasil. Ainda sobre Quelimane, o cronista
Damião de Góis escreveu:
«Desta
terra da boa gente a armada aos quinze dias de Janeiro (1498), e aos vinte e
cinco, dia da conversão de São Paulo, chegou à boca de um rio grande muito
fresco, e de muitas frutas e arvoredo, onde ancorou já bem tarde, e logo pela
manhã viram vir rio abaixo algumas almadias a remo com gente da mesma
qualidade, das do rio de cobre, e entre eles alguns mais baços. Estes homens em
chegando as naus sem medo, nem receio subiram pela exarcia tão seguros como se
tiveram conhecimento, e amizade com os nossos, que vendo a limpeza deles os
deixaram entrar nas naus, onde foram bem festejados, tudo por acenos e sinais,
por quanto Martin Afonso nem as outras línguas os pudessem entender… Vasco da
Gama, mandou vestir estes homens de pano de seda de cores, com os quais vinha
um mancebo de quem por acenos, com algumas palavras que falava de arabigo,
puderam os nossos entender que a terra
donde vinham naus como as nossas e que não era muito longe dali. A qual
nova foi de grande contentamento a todos, e por isso pôs, Vasco da Gama nome a
este rio, dos bons sinais, onde mandou meter um padrão em terra que pôs o nome
de São Rafael, e ali deixou dois degredados».
«Quelimane:
O comércio de importação e exportação dos Rios de Sena concentrava-se na sua
totalidade em Quelimane, a 6 (seis) léguas terra dentro, junto dum braço do
Zambeze. Era tão difícil passar a barra deste porto, que estava prescrito civil
e religiosamente para todo o cristão, que comungasse antes de abandonar o cais.
Havia, inclusivamente, uma guarnição, mas não havia instalações defensivas. A
dificuldade de penetrar no porto constituía de certo modo uma defesa natural.
Ao capitão de Quelimane estava entregue o comando da guarnição, assim como a
administração de Quelimane e da respectiva capitania. Como juiz, exercia também
a jurisdição e era, na qualidade de feitor, responsável pelo comércio entre
Moçambique e os Rios de Sena. Como as fontes disponíveis não mencionam
habitantes muçulmanos, a população do lugar, famosa pela generosidade do clima
e pela qualidade do solo, compunha-se naturalmente de alguns europeus, mas
sobretudo de cristãos indianos (canarins de Goa) e de mestiços (filhos da
terra). Pinto de Miranda faz uma instrutiva descrição da comunidade de
Quelimane em meados do século XVIII: «Estas são as casas principais de que
compõem a vila de Quelimane, a qual se acha toda um mato donde passeiam tigres,
ticas e cavalos marinhos…As casas são formadas todas de madeira e lodo e
cobertas de palha. Além dos matos que a vila tem, há imensas palmeiras,
laranjeiras, limoeiros, mangueiras, e outras árvores
infrutíferas que servem de tirar a vista, de ruína as casas porque caindo-lhe
por causa do vento, ou velhice se prostram por terra» (FritzHoppe, «A África Oriental Portuguesa no tempo do
Marquês de Pombal – 1750 – 1777», Agência Geral do Ultramar, Lisboa).
Quelimane do sal-
Localidade no conselho de Quelimane, onde desde há muito se exploram salinas.
Foi um prazo de dona Teodora Temporária de Matos, lendária figura, que morreu
em 1898 com a idade de 110 anos. Possuía este prazo desde 1829 e foi daqui que
seu filho João Bonifácio estendeu os seus negócios pela costa, passando por
Maganja da Costa até Angoche.
Desde os
tempos imemoriais. Quelimane entrou na rota do mapa do património
cultural e material da humanidade.
A
Catedral Velha ou a Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, mandada erguer por
saudoso Governador e Capitão General do Estado, Baltazar Rebelo Pereira do Lago, em 1776, e, mandada concluir pelo seu
sucessor o Governador António Manoel de Mello e Castro, em 1786, depois da
morte do anterior Governador, faz parte do património material da humanidade,
incluindo o actual edifício da Câmara Municipal de Quelimane, cuja construção
teve início em 1857 e concluído em 1888.
Foi
nessa altura que os Governos Europeus criaram instituições e financiaram
cientistas para realizarem viagens de estudo. Entre 1849 e 1877, missionários,
cientistas, etc., empreenderam viagens de reconhecimento. Dentre os
exploradores do Continente Africano destacam-se:
David Livingstone,
missionário inglês que entre 1849 e 1873,
percorreu o curso do rio Zambeze, o Lago Niassa e a região da Tanganhica ou
Tanzânia atingindo as nascentes do rio Zaire.
Serpa Pinto atravessou o
Continente entre 1877 a 1880.
Capelo e Ivens partiram de
Moçâmedes em Angola chegaram a Quelimane em Moçambique. Foi esta viagem que
motivou aos Portugueses desenharem o seu projecto conhecido com o nome de África
Meridional Portuguesa, ou seja Mapa cor-de-rosa, com a intenção de ligar
Moçambique com Angola. Para materializar este plano, o então
Ministro Português dos Estrangeiros Barros Gomes, em 1886 evocou o estado livre do Congo como exemplo para este
projecto. Todavia, porque este projecto atravessaria territórios sob controlo
Britânico e porque iria contrariar o ambicioso projecto de Cecil Rhodes de
construir linha férrea ligando a Cidade do Cabo na África do Sul com
a Cidade do Cairo no Egipto, o projecto de África Meridional
Portuguesa não avançou.
Excelências;
Não
deixaríamos de sublinhar que Quelimane para além de Conselho, ela é a capital
da nossa riquíssima Província da Zambézia, aquela que até 1975 contribuía com aproximadamente
40% do Produto Interno Bruto (PIB) ao nível da Colónia mercê da presença das
Companhias Arrendatárias tais como a Madal, a Boror, a Sena Sugar States, a
Companhia da Zambézia, as Chazeiras do Gurué, Tacuane, Socone e Milange. As
zonas mineiras espalhadas por toda a Província. Aliado a isso, as
Concessionárias do Algodão jogavam um papel de suma importância, na garantia
dos meios de subsistências aos Zambezianos. A linha férrea ligando o Porto de
Quelimane com a Cidade de Mocuba, cuja exploração foi aberta em 1922, (de LIMA,
Alfredo Pereira, 1971:212) in História
dos CFM, Vol.II, foi a espinha dorsal para a robustez da economia da Zambézia
em geral e de Quelimane em particular, pois escoava as mercadoras que eram
trazidas por uma rede de camionagem dos Distritos da Alta Zambézia para Mocuba
e daqui de comboio para o Porto de Quelimane.
A Cidade
de Quelimane desde os primórdios do século XIX e no decurso do século XX, foi
considerada um ponto estratégico na dinamização da economia para o Interland, nomeadamente
Malawi e Tete. De Lima, (1971:203), escreve que “Entretanto, com a ideia nesse
caminho de ferro Tete/Quelimane, numa extensão de 113 milhas…como preconizava
Delfin Monteiro, em 1908, foi criada a comissão de Melhoramento do Porto de
Quelimane. Esta medida foi então considerada de grande alcance, pois a esse
porto se augurava um lugar de destaque de testa do projecto caminho de ferro
internacional”. Foi na segunda metade do Século XIXque os
primeiros navios de mercadoria ligam o Porto de Quelimane com o resto do mundo.
O
projecto da Linha Férrea tinha uma extensão ambiciosa com seguintes ramais:
Quelimane
– Nicoadala.
Nicoadala-
Zero.
Zero-
Luabo passando por Mopeia, para escoar açúcar para o Porto de Quelimane.
Nicoadala-Mocuba
Mocuba-Tacuane-
Gurué- Mutuali em Nampula, passando pelas chazeiras para escoar chá através do
corredor de Nacala e Porto de Quelimane.
Mocuba-
Nampevo- Gilé, passando pelo território dos minérios de Marrupino, Médio Mulela e
Moiane.
Gilé
–Moebase para escoar areias pesadas para o Porto de Quelimane.
Gilé-Alto
Molocué- Iapala, em Nampula, conectando com o Corredor de Nacala e Porto de
Quelimane.
O
projecto linha férrea iniciado nos finais do século XIX e só
implementado para Mocuba nos primórdios do século XX, se
tivesse sido implementado na sua plenitude, criaria robustez da economia das
Províncias da Zambézia, Niassa, Tete e Nampula e porque não Cabo Delgado. A
circulação de pessoas e bens seria uma grande conquista. Os progressos
económico, social e cultural seriam alavancados. Seria o nosso mapa
cor-de-rosa, diferente daquele concebido pelo então Ministro dos Negócios
Estrangeiros de Portugal, Barros Gomes, em 1886, o qual deveria ligar Moçâmedes
em Angola com Quelimane em Moçambique. Urge resgatarmos o projecto
TransZambezia para dinamizar o rápido crescimento e desenvolvimento económicos
desta sub-região das quatro Províncias acima referidas as quais podem
contribuir com acima de 50% do PIB nacional.
Para
além do seu papel preponderante na economia, a Cidade de Quelimane também foi o
lugar onde eram traçadas as estratégias políticas da colónia e não só. A título
de exemplo, em Junho de 1907, o antigo Capitão-Mor de Angoche, Eduardo do Couto
Lupi, assumiu o cargo de governador do Distrito de Quelimane tendo permanecido
até Maio de 1915. Lupi, dividiu a fronteira leste em duas capitanias-mor sendo
uma no Alto Molocué e outra no baixo Molocué, actual Pebane. Com a chegada de
Lupi consolida-se o processo das fronteiras do Distrito de Quelimane, processo
iniciado pelo governador-geral, João de Azevedo Coutinho, que entre 1905-1906
mandou incluir no Distrito de Quelimane, os actuais Distritos do Ile, Alto Molocue, Gilé
e Pebane, na altura pertencentes a Angoche no Distrito de Moçambique hoje
Nampula (PELISSIER, René, 1971:159ss).
Caros irmãos e irmãs e todo o
protocolo observado!
Desde
que assumimos o Município de Quelimane esta Urbe tem registado um progresso
assinalável em todos aspectos. Quelimane já saiu do
anonimato. Já está no mapa e na rota internacionais. Participa em muitos fóruns
internacionais. Aqui é na Cátedra da
verdadeira inclusão, da verdadeira
unidade nacional e da verdadeira democracia, pois, o princípio da boa
governação, honestidade, prestação de contas, transparência e integridade
residem em Quelimane. No Município de Quelimane a ideologia fica fora e
prevalece a meritocracia visto que a admissão de todos os funcionários obedece
aos ditames da Constituição da República de Moçambique.
Por isso aqui no Município de Quelimane a meritocracia e
competência estão acima de qualquer filiação partidária. Fazendo nossas as
abordagens dos Arqueólogos, atinentes ao berço da humanidade, apraz-nos
sublinhar que o Município de Quelimane é o berço da democracia, da tolerância política, da
inclusão, e daqui irradia para toda a Província da Zambézia e para toda a República de
Moçambique.
Nos
inspiramos em Nelson Mandela patrono
da inclusão. Estamos a edificar em Quelimane, Município Arco ĺris. Todos têm lugar e reina
o amor fraterno, cordialidade e
concórdia . Temos estado a construir pontes de paz, da tolerância, da
inclusão, etc. Nunca construímos muros de segregação, de exclusão, de
intolerância. Esta inspiração, no arquitecto da verdadeira unidade nacional, da
verdadeira reconciliação e o arauto da paz, deixou-nos a celebre e indelével passagem:
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor
da sua pele, ou por sua origem, ou sua religião, ou sua convicção política.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser
ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que
o ódio. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta”.
Caros irmãos Zambezianos na diáspora;
Quando
afirmamos que o Município de Quelimane é o berço
da democracia, da tolerância e da unidade entre todos nós, onde
convivemos e coexistimos pacificamente, e, para provar o que temos estado a
falar, apresentamos aqui e agora, alguns antigos Presidentes que trabalharam nesta
nossa Autarquia. Não olhamos a sua raça, a sua matriz política, a sua
origem provinciana, a sua religião, etc. Todos são nossos irmãos e estão
inclusos nesta nossa epopeia. Alguns estão presentes nesta celebração e outros
ou parque partiram deste mundo ou seja faleceram, ou porque não tiveram tempo
de chegar até aqui, mas todos eles estão nos
nossos corações. São eles:
Nome
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Função
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Ano
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MANUEL
DE AVELAR GEORGE
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Administrador da Comissão
Administrativa
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1943
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ANTÓNIO
SILVINO MEIRELES
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Administrador da Comissão
Administrativa
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1945
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PEDRO
DE SEQUEIRO ZILHÃO – Capitão-tenente de Marinha
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Presidente da Câmara Municipal
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1947-1948
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CÂNDIDO
DE BARROS
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Presidente da Câmara Municipal
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1958
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JOAQUIM
DE SANTANA AFONSO
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O Vogal mais Velho, servindo de
Presidente
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1963
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DANILO
COSTA
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Presidente da Câmara Municipal
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Nas vésperas da Independência de
Moçambique
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JACINTO
RICARDO
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Presidente da Câmara Municipal e mais
tarde do Conselho Executivo
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1975. Faleceu num acidente de viação
em Vilanculos em Novembro de 1976.
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FAQUIR
BAY NALAGY FAQUIR BAY
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Presidente do Conselho Executivo
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JEREMIAS
LANGA
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Presidente do Conselho Executivo
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JOÃO
MARCOS MUNGOY
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Presidente do Conselho Executivo
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GABRIEL
NOMBORA ZUCULE
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Presidente do Conselho Executivo
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JOSÉ
CHEREQUEJANHE
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Presidente do Conselho Executivo
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JAIME
GERENTE
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Presidente do Conselho Executivo
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HONÓORIO
PEREIRA VAZ
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Presidente do Conselho Executivo
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PIO
AUGURTO MATOS
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Presidente do Conselho Municipal
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1998-2011
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PROFESSOR
DOUTOR MANUEL ANTÓNIO ALCULETE LOPES DE ARAÚJO
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Presidente do Conselho Municipal em
exercício
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2011+
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A nossa
acção governativa chega a todos os Postos Administrativos e em todos os
bairros. Conhecemos todos os bairros de Quelimane e como prova disso,
apresentamos aqui e agora cada Posto Administrativo com os seus respectivos
bairros.
Posto Administrativo número 1 com os
seguintes bairros:
Liberdade,
F.S Magaia, Torrone Velho, Chirangano, Aeroporto A, Aeropoto B, Aeroporto C,
Kansa, Unidade Popular, Piloto, Mapiazua, Chaubo Dembe, Sinacura, Bairro Novo,
Saguar A, e Saguar B.
Posto Administrativo número 2 com os
seguintes bairros:
Icídua,
Janeiro, Torrone Novo A, Torrone Novo B, Coalane A, Coalane, Ivagalane,
Murropué, Sangarivera A, Sangarivera B, 7 de Abril e Nhanhibua.
Posto Administrativo número 3 com os
seguintes bairros:
Samugué, Primeiro de Maio A, Primeiro de Maio B, 25 de
Setembro, 3 de Fevereiro, Coalane Primeiro, Acordos de Lusaka A, Acordos de
Lusaka B, Cololo, Sampene A e Sampene B.
Posto
Administrativo número 4 com os seguintes bairros:
Inhangome, Santagua A, Santagua B1, Santagua B2, Manhaua
A, Manahua B, Brandão, 17 de Setembro, Floresta A, Floresta B, Micajune A,
Micajune B, e Mariana.
Posto
Administativo número 5 com os seguintes bairros:
Gogone, Torrone, Bazar, Mborio, Migano e Mutotora.
Minhas Senhoras e meus Senhores
Permitam-nos
que usemos esta singela cerimónia para que mais uma nos curvemos, paguemos
tributo e prestemos homenagem a todos os fazedores desta bela, vibrante,
encantadora, acolhedora, carinhosa, hospitaleira e dinâmica Cidade a terra dos
Bons Sinais. Não deixaríamos de mencionar as figuras mais notáveis e
emblemáticas da nossa Urbe, que souberam elevar bem alto a nossa bandeira de
dignidade, identidade, resistência e intelectualidade. Nos referimos dos
escritores Eduardo White, Alfredo de Aguiar, este último, que entre 1886/1894
funda três periódicos em Quelimane, nos quais ataca a exploração e opressão colonial
(História de Moçambique Vol.I:15).
A todos
eles os recordamos com a devida vénia pelos seus feitos gloriosos na luta pelo
desenvolvimento da Cidade de Quelimane especialmente no campo literário.
Aos
músicos e desportistas, como Dr. Mussa Rodrigues, Eduardo Carimo, Joaquim João
e outros, os que escreveram com letras de ouro e tinta indelével a nossa
cultura e a nossa história, reconhecendo tudo quanto fizeram em prol e
prosperidade de Quelimane elevamos bem alto a nossa gratidão. Homenageamos a
todos os timoneiros que depois do alvor da Independência Nacional, trabalharam
e contribuíram com o seu saber para o progresso do nosso povo.
À
diáspora Quelimanense, pedimos humildemente que venha investir para edificarmos
o nosso Quelimane, continuar cada vez mais robusto e que juntos coloquemo-lo no
mapa e na rota internacionais.
Igualmente
aproveitamos o ensejo para agradecer a todos os ilustres Amwene a Mpaddo (Régulos), os quais construíram Quelimane, até 1975
e continuam construindo, até hoje. Nesta lista inclui-se os de Maquival e Inhassunge,
em virtude de Quelimane da época ter abarcado aqueles territórios. Embora hoje
tenham sido desmembrados, a sua vida faz parte da História de Quelimane. São
eles:
Andate,
André, Bernanrdo, Caocha, Chigaval, Cufa, Fijamo, Froi, Geriano, Machemba, Matinada,
Muguerrima, Muinje, Mundimo, Murrimba, Nauilobe, Naquera, Norte, Olinda,
Patrício, Saide, Selemane, Sunde, Tivira, Wachave entre outros.
Terminamos
dizendo que temos assinalado várias realizações destacando-se pavimentação
e asfaltagem de algumas avenidas, restauro
do mangal, construção de casas resilientes, construção da casa do bairro,
restauração da casa de direito e do cidadão, compra de camiões porta
contentores, motoniveladora entre outras
realizações para tornar a Cidade mais limpa sem buracos e tornar qualidade de
vida dos Munícipes numa realidade. Temos projecto Quelimane Limpa e Quelimane
Agrícola.
Por último felicitar
a todos os Munícipes pela passagem de Setenta e seis anos da Cidade de
Quelimane e desejar a todos boas festas. Permitam-me agradecer aos
organizadores deste evento pelo bom trabalho.
A todos
os homens, as mulheres, os jovens, as crianças, os adultos e os velhos que
durante os dias da celebração deste septuagésimo sexto aniversário da Cidade de
Quelimane fizeram-se a este local, e também têm estado a
participar indiferentes ao sol, ao frio,
ao calor e a chuva, vos saúdo com fraternidade.
Dinoutamalelani
Khotepha otamala
Ndazimba Maning
Zikomo Kwambiri
Muito obrigado
Quelimane, Rumo
aos Bons Sinais, 21 de Agosto de 2018.